Petrobras avalia cortar patrocínios culturais, talvez agora os pequenos tenham prioridade!
A Petrobras avalia cortar patrocínios culturais dos grandes projetos e grandes eventos. No entanto, a decisão não foi bem recebida por executivos da área de comunicação da Petrobras. Eles veem nisso uma interferência ideológica do governo nos assuntos da companhia. Saiba mais: BNDES reduzi participação na Petrobras para menos de 20% A falta de critério para definir o que vai ser cortado e onde o dinheiro será realocado é alvo de críticas internas. Os patrocínios atuais são direcionados a projetos alinhados com o que a Petrobras quer transmitir ao público: inovação, alto potencial e capacidade técnica única.
Foi com esses propósitos que a estatal patrocinou mais de 4 mil projetos culturais desde 2003. Naquele ano, foi criado o Programa Petrobras Cultural, voltado para patrocínios de arte e cultura por meio de uma seleção pública (por chamada e escolha direta de projetos). Saiba mais: Petrobras diz que dará início à hibernação da Fafen em Sergipe A petrolífera brasileira investiu aproximadamente R$ 160 milhões nas áreas de cultura e imprensa em 2018. Desse montante, a publicidade consumiu cerca de R$ 120 milhões e o patrocínio de projetos culturais, R$ 38 milhões. Segundo a assessoria de imprensa da própria empresa, a Petrobras está “revisando a sua política de patrocínios e seu planejamento de publicidade. Os contratos atualmente em vigor estão com seus desembolsos em dia”. O jornal informou também quem está na mira dos cortes dos gastos. Trata-se de grupos culturais de grande visibilidade que recebem os aportes há anos, como: Companhia de teatro Galpão, com contrato de R$ 4,2 milhões até abril de 2020; Companhia de teatro Poeira, com contrato de R$ 1 milhão até fevereiro de 2019; Companhia de Dança Deborah Colker, com contrato de R$ 4,9 milhões até junho de 2020; Casa do Choro, com contrato de R$ 950 mil até março de 2019; Festival de Cinema do Rio, com contrato de R$ 750 mil até março de 2019.
Esperemos agora que os projetos menores possam receber recursos da Petrobras, não somente os grandes, que consumiam de 80 a 90% dos recursos da Roaunet.
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